terça-feira, 11 de maio de 2010

Subtamente Teu (11.05.2010)

Uma voz, que não é a minha, não sai da minha cabeça
Aquela que ouvi quando entreguei meu baú com ouro e prata
Aquela que dizia, sem cessar, sempre a mesma coisa
Um "Te quero", que durante muito tempo ainda hei de ouvir

Não consigo esquecer o que, infelizmente, fiz
Destorci tuas palavras, iludindo-me
Era sempre eu quem falava a mim mesmo
Depois de entregar meu tesouro
Que há tanto tempo eu guardava

E é por isso que hoje me vejo aos teus pés, rendido
Como um súdito, submisso e sem escapatória
Então, toma-me como teu, sem nenhum medo
E dá-me em troca um sorriso, apenas
De qualquer forma, mas que seja um sorriso
E terei minha vida ganha e salva

Pra Não Dizer Que Não Jurei Amores (11.05.2010)

A menina, antes calada, ainda me atormenta
Todos os dias, sem nenhuma exceção
Acho que ela não tem mais nenhuma relevância
Vindo ou indo, tudo me encaminha ao mesmo fim

Palavras doces direcionavam-se aos meus ouvidos
Todavia, atravéz da minha própria voz
Não aquela que todos escutam,
Mas sim a voz do maldito e irracional coração
Que toma sempre as mesmas atitudes inconsequentes
E sempre me atrapalha, me dá problemas
Sempre

Tentei ser defensor da tese que defende o amor
Aquela que diz que a felicidade é consequência
E que, sem o amor, o ser não é humano
Mas tudo me puxa para trás, me desmotiva
Eu me rendo à não-felicidade, ao não-romance
E, principalmente, ao não-amor
Acho que sou um ser-não-humano, agora

A menina me diz que sou [ou era] todo teu
Mas tudo que você disse, você não diz mais
Então acho que devo fugir com ela
Pois jurei meu amor enquanto pude
E, agora, meu maxilar e meus dedos estão cansados
Quem sabe, da próxima vez...
Quem sabe...

Lilás - Primeira versão (10.05.2010)

Branco localiza-se no ponto central
Roxo o encara
Branco se retrai, não sabe o que fazer
Roxo o encara
Branco solta sua voz, como nunca antes fez
Roxo o encara

Roxo olha aos lados, confirma o que pensava
Branco percebe
Roxo se interessa por tal voz
Branco percebe
Roxo decide procurar Branco de alguma forma
Branco percebe

Branco e Roxo conversam, dão certo
Branco e Roxo percebem que são iguais
Branco e Roxo, aos poucos, se misturam
Branco e Roxo tornam-se um só
Branco e Roxo notam uma certa homogeneidade
Branco e Roxo estão unidos e fortes
Branco e Roxo se amam, agora
Branco e Roxo estarão juntos... Para sempre

A Noite É Uma Criança... Maldita. (10.05.2010)

Aquela menininha calada vem e vai,
Sem nenhuma noção de espaço,
Querendo me contar segredos sobre o que lhe pedi
Sei que não deveria confiar,
Mas estou curioso, quero ouvi-la!
Não posso deixar o passarinho verde escapar...
Não agora

Ótimo!
Agora ela está fazendo suspensezinhos infantis...
Eu já sabia: em criança esperta não se deve confiar
Nem em último caso, como o meu
E eu que pensava que ela fosse calada...
Enfim, não posso cair em terra
Pra quê? Pra dar o gostinho a eles?
Não agora

"Quero muito o seu bem, criança,
Mas diga logo o que tens a dizer!
Não sabes que eu tenho o poder de te...
Mandar embora daqui?
Tudo bem, perdôe-me, não vá embora
Não agora"

"Sinto dizer, mas o que você queria, você não terá
Porém, não fique triste, eu mesma partirei
É a sua única saída
E tem que ser agora"

Mais Que Um Dia-A-Dia (09.05.2010)

A rotina e o cotidiano têm poderes
E estes fazem que o amor acabe sumindo
Logo a aflição da dor toma lugar, repentina
Trazendo um "desfecho" desanimador

Porém, o amor retorna cheio de si
Renova-se, retoma forças perdidas
E mostra que ele é quem manda
Ai de quem desmentir esse fato!

Diz o poeta que o amor é maquiagem
Que ninguém nunca soube e/ou saberá
Da sua inexistência inoportunante

Pois eu afirmo o oposto total:
O amor existe, e todos o possuem
Só é preciso saber usá-lo e mantê-lo
Para que a maquiagem nunca desmanche

terça-feira, 4 de maio de 2010

Arte pelo Homem, Homem pela Arte

Era um gosto que nunca havia provado
Uma sensação inalcansável
Um ar que nunca havia sentido em meu peito
Um vício ao qual nunca fui presentiado...

Simplesmente raptou meu coração
Me fez esquecer antigas paixões
Marcando minha vida e minha morte
Um marco histórico, uma benção...

Agora mais textos serão escritos
Mais vidas serão expostas
Mais sentimentos serão vividos
Mais mortes serão premeditadas...

E nada poderá desfazer
O laço vida-e-morte que foi feito
Agora o sangue corre em minhas veias
E a arte recheia meu coração

sexta-feira, 13 de março de 2009

Um material abençoado.

Platão e Aristóteles nunca tiveram razão
A tal 'Grande Explosão' nunca existiu
A verdade mesmo
É que a vida veio das pedras

Com isso, queria eu a máquina do tempo
E agradecer aos meus ancestrais
Foram eles! Criaram a roda!
Como puderam ser tão inteligentes?

Digo mais: o amor veio, também, das pedras
Ou melhor, veio da roda;
Quatro rodas são a medida perfeita
Para possuir tal sentimento

E o meu mundo parou
Ao movimentarem-se as quatro rodas
Mas não rodas quaisquer
Eram rodas gigantes
Rodas milagrosas, divinas

E a roda gira, gira, gira...
Gira sem parar
Já o amor cresce
Infinitamente, amar

Ela sonha em cores.

Concepção de várias formas
Com sonhos mergulhados em cores
Cada forma, uma cor
Cada cor, um sonho

Consequentemente, mergulho junto
Caio em cores, em sonhos
Contigo viajo, voo!
Com pop e luzes, girando

Comemoro a vitória
Causas vencidas
Como não?
Cada cor, um sonho
Cada sonho, uma vitória

Cores caras... Mais vitórias
Camaleões estão à solta
Contudo, você reina!
Camaleões rendem-se

Camaleão meu,
Como te quero bem!
Cauda forte, alimenta-se de amores
Como eu, que sou teu refém